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"Luiz Carlos Prestes entrou vivo
no Panteon da História.  
Os séculos cantarão a 'canção de gesta'
dos mil e quinhentos homens da
Coluna Prestes e sua marcha de quase
três anos através do Brasil.
Um Carlos Prestes nos é sagrado.
Ele pertence a toda a humanidade.
Quem o atinge, atinge-a."

(Romain Roland, 1936)


Notícias
Santos, la conjura contra Venezuela y la Alianza del Pacífico

por Atílio Boron

Por más que se lo suela poner en cuestión, todo acuerdo económico es a la vez un compromiso político. El pensamiento neoliberal presenta sus opciones políticas (por ejemplo, promover un modelo económico que enriquece  a los ricos y espolia a los pobres) como si fueran el resultado de un cálculo técnico o de una racionalidad abstracta, cuando lo cierto es lo contrario.       Lo anterior vale tanto para los acuerdos sellados en el plano doméstico como en el internacional. Por eso no puede causar sorpresa la provocación en que incurrió el gobierno de Juan M. Santos –ahora dice que todo fue un “malentendido”- al recibir al perdidoso candidato de la derecha venezolana, Henrique Capriles. Al hacerlo, el presidente colombiano le confirió legitimidad a sus escandalosas denuncias –refutadas por sucesivas auditorías practicadas sobre los resultados electorales del 14 de Abril- y se alineó irresponsablemente con el líder del ala fascista y más radical y golpista de la derecha venezolana.      

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OS PERIGOS DA GUERRA. O QUE É QUE HÉ POR DETRÁS DO CONFLITO ENTRE ESTADOS UNIDOS E COREIA DO NORTE?

por Jack A. Smith

O que é que está ocorrendo entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte que gera esta semana títulos como “Aumenta a tensão na Coreia” e “Coreia do Norte ameaça os Estados Unidos”?

The New York Times informava em 30 de Março:
“O jovem dirigente de Coreia do Norte, Kim Jung-un, ordenou esta semana aos seus subordinados que se preparassem para um ataque com mísseis contra os Estados Unidos. Apresentou-se num posto de comando frente a um mapa pendurado na parede com o atrevido e improvável título de “Planos para atacar o território dos Estados Unidos”. Uns dias antes os seus generais tinham-se gabado de ter desenvolvido uma ogiva nuclear “estilo coreano” que podia ser transportada num míssil de longo alcance”.

Os Estados Unidos sabe bem que as declarações da Coreia do Norte não estão apoiadas num poder militar suficiente para implementar as suas ameaças retóricas, mas a tensão parece de qualquer modo estar aumentando. ¿O que está ocorrendo? Tenho de retroceder um pouco no tempo para explicar a situação.

Desde o final da Guerra da Coreia, há 60 anos, o governo da República Popular Democrática da Coreia do Norte (RPDCN ou Coreia do Norte) tem repetidas vezes apresentado praticamente as mesmas quatro propostas aos Estados Unidos. Estas são:
1. Um tratado de paz para pôr fim à Guerra da Coreia.
2. A reunificação da Coreia, “temporariamente” dividida em Norte e Sul desde 1945.
3. O fim da ocupação estado-unidense da Coreia do Sul e a suspensão das manobras de combate anuais de um mês de duração entre os Estados Unidos e a Coreia do Sul.
4. Negociações bilaterais entre Washington e Pyongyang para acabar com as tensões na Península da Coreia.

Os Estados Unidos e o seu protectorado sul-coreano têm rechaçado ao longo dos anos cada uma destas propostas. Em consequência disso a península tem sido extremadamente instável desde a década de 1950. Agora chegou-se a um ponto em que Washington utilizou as suas manobras de guerra anuais, que começaram em princípios de Março, para organizar um simulacro de ataque nuclear contra a Coreia do Norte sobrevoando a região no dia 28 de Março com dois bombardeiros B-2 Stealth dotados de capacidade nuclear. Três dias depois a Casa Branca enviou para a Coreia do Sul aviões de combate não detectáveis F-22 Raptor, com o que a tensão aumentou ainda mais.

Vejamos que há por detrás destas quatro propostas:
1. Os Estados Unidos negam-se a assinar um tratado de paz para pôr fim à Guerra da Coreia. Acederam apenas a um armistício, que é uma suspensão temporal do combate por consentimento mutuo. Supunha-se que o armistício assinado em 27 de Julho de 1953 se ia transformar num tratado de paz quando “fosse alcançado um acordo pacífico final”. A falta de um tratado significa que a guerra pode ser reatada a qualquer momento. A Coreia do Norte não quer uma guerra com os Estados Unidos, o Estado com maior poder militar da historia. Quer um tratado de paz.

2. As duas Coreias existem em consequência de um acordo entre a União Soviética (que faz fronteira com a Coreia e durante a Segunda Guerra Mundial ajudou a libertar do Japão a parte norte do país) e os Estados Unidos, que ocuparam a metade sul. Embora o socialismo prevalecesse no norte e o capitalismo no sul, a divisão não ia ser permanente. As duas grandes potências iam retirar-se ao cabo de um par de anos e permitir que o país se reunificasse. A Rússia fê-lo; os Estados Unidos, não. Chegou então em 1950 a devastadora guerra de três anos. Desde essa data a Coreia do Norte tem apresentado varias propostas diferentes para acabar com a separação que dura desde 1945. Creio que a más recente é “um país, dois sistemas”. Isso significa que ainda que se unam ambas as partes, o sul continua sendo capitalista e o norte socialista. Será difícil, mas não impossível. Washington não o quer. Trata de alcançar toda a península para levar o seu guarda-chuva militar directamente até à fronteira com a China e também com a Rússia.

3. Desde o final da guerra Washington tem mantido entre 25.000 e mais de 40.000 soldados na Coreia do Sul. Juntamente com as esquadras, bases de bombardeiros nucleares e instalações de tropas estado-unidenses muito próximas da península, estes soldados continuam a constituir um relembrar de duas cosas. Uma é que “podemos esmagar o norte” e a outra é “a Coreia do Sul pertence-nos”. Pyongyang encara-o desta forma (e muito mais ainda desde que o presidente Obama decidiu “pivotar” na direcção da Asia). Embora esta viragem contenha aspectos económicos e comerciais, o seu principal propósito é aumentar o já considerável poder militar na região para intensificar a sua ameaça em relação à China e à Coreia do Norte.

4. A Guerra da Coreia foi basicamente um conflito entre a República Popular Democrática da Coreia do Norte e os Estados Unidos. Quer isto dizer que, ainda que vários países das Nações Unidas tenham participado na guerra, os Estados Unidos assumiram-na para si, dominaram a luta contra a Coreia do Norte e foram responsáveis pela morte de milhões de coreanos a norte da linha divisória do paralelo 38. É completamente lógico que Pyongyang procure negociar directamente com Washington para resolver os diferendos e alcançar um acordo pacífico que conduza a um tratado. Os Estados Unidos têm-se negado sistematicamente a esse objectivo.
Estos quatro pontos não são novos. Foram colocados na década de 1950. Na década de 1970 visitei em três ocasiões a República Popular Democrática do Coreia do Norte, num total de oito semanas, como jornalista do periódico estado-unidense The Guardian. Uma e outra vez, nas discussões com altos responsáveis, perguntavam-me pelo tratado de paz, pela retirada das tropas estado-unidenses do Sul e negociações directas. Hoje a situação é a mesma. Os Estados Unidos não vão ceder um milímetro.

Por que não? Washington quer livrar-se do regime comunista antes de permitir que a paz prevaleça na península. ¡Nada de “um Estado dois sistemas”, c’os diabos! Querem um Estado que prometa lealdade, ¿adivinham a quem?

Entretanto, a existência de uma “belicosa” Coreia do Norte justifica que Washington cerque o norte com um autêntico anel de potencia de fogo no noroeste do Pacífico suficientemente próximo para quase queimar a China, ainda que não totalmente. Uma “perigosa” República Popular Democrática da Coreia do Norte também é útil para manter o Japão dentro da órbita estado-unidense e é também outra justificação para que o antes pacífico Japão se gabe agora do seu já formidável arsenal.

Relativamente a isto vou a citar um artigo de Christine Hong y Hyun Le publicado a 15 de Fevereiro em Foreign Policy in Focus:
“Qualificar a Coreia do Norte como a principal ameaça para a segurança da região oculta a natureza falsa da política do presidente estado-unidense Barack Obama na região, em concreto a identidade entre o que os seus assessores denominam “paciência estratégica” por um lado e, por outro, a postura militar e a aliança com os falcões regionais que vem concretizando. É fundamental examinar a agressiva política de Obama relativamente à Coreia do Norte e as suas consequências para entender porque é que as demonstrações de poderio militar (da política por outros meios, nas palavras de Carl von Clausewitz) são as únicas vias de comunicação com os Estados Unidos que a Coreia do Norte parece ter nesta conjuntura”.

Tenho aqui uma outra citação de Brian Becker, dirigente da coligação ANSWER:
“O Pentágono e o exército da Coreia do Sul nos dias de hoje (e ao longo do ano passado) têm vindo a organizar massivas manobras de guerra que simulam a invasão e bombardeamento da Coreia do Norte. Poucas pessoas nos Estados Unidos conhecem qual é a verdadeira situação. O trabalho da máquina de propaganda de guerra está delineado de forma a garantir que o povo estado-unidense não se una para exigir que acabem as perigosas e ameaçadoras acções do Pentágono na Península da Coreia.

A campanha de propaganda está agora em pleno desenvolvimento enquanto o Pentágono sobe a escalada da intensificação numa das zonas mais militarizadas do planeta. A Coreia do Norte é considerada o provocador e o agressor de cada vez que afirma que tem direito a defender o seu país e capacidade para o fazer. Inclusivamente quando o Pentágono simula a destruição nuclear de um país que já bombardeou até “reduzi-lo à Idade da Pedra”, os meios de comunicação propriedade das corporações caracterizam este acto extremadamente provocatório como um sinal de determinação e uma medida de defesa própria”.

E uma outra citação de Stratfor, o serviço de inteligência privado que costuma estar bem informado:
“Grande parte do comportamento da Coreia de Norte pode considerar-se retórico embora, entretanto, não esteja claro até onde quer chegar Pyongyang se continuar sem poder forçar negociações por meio da beligerância ”.

Aqui dá-se por adquirido o objectivo de iniciar negociações.
A “belicosidade” de Pyongyang é quase completamente verbal (talvez vários decibéis demasiado alta para nossos ouvidos), mas a Coreia do Norte é um país pequeno numas difíceis circunstâncias que bem recordam a extraordinária brutalidade que Washington infligiu ao território na década de 1950. Morreram milhões de coreanos. Os bombardeamentos de saturação estado-unidenses foram criminosos. A Coreia do Norte está decidida a morrer lutando se isto voltar a suceder, mas espera que a sua preparação [militar] impeça a guerra e conduza a negociações e a um tratado.

O seu grande e bem treinado exército é defensivo. O objectivo dos foguetões que está a construir e de falar de armas nucleares é fundamentalmente assustar o lobo que tem à porta de casa. A curto prazo, a recente retórica inflamada de Kim Jong-un é a resposta directa ao simulacro de guerra de um mês de duração deste ano dos Estados Unidos e Coreia do Sul, que interpreta como um possível prelúdio de outra guerra. A longo prazo o objectivo de Kim é criar uma crise suficientemente inquietante para que os Estados Unidos acedam finalmente a umas negociações bilaterais, e possivelmente a um tratado de paz e à saída das tropas estrangeiras. Mais adiante poderia chegar alguma forma de reunificação, em negociações entre o norte e o sul.

Suspeito que a actual confrontação se acalmará uma vez que terminem as manobras de guerra. O governo Obama não tem a intenção de criar as condiciones que levem a um tratado de paz, especialmente agora que a atenção da Casa Branca parece concentrada no Leste da Asia, de onde se indicia um possível perigo para a sua supremacia geopolítica.

Jack A. Smith é director de Activist Newsletter.

Fonte: http://www.globalresearch.ca/the-dangers-of-war-what-is-behind-the-us-north-korea-conflict/5329307

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Última atualização em Dom, 28 de Abril de 2013 15:18
 
Maduro: una victoria necesaria

* Por Atilio A. Boron

Era fundamental que ganase Nicolás Maduro, y ganó. Pero ganó a duras penas, lo cual exige desentrañar las causas del bajón sufrido por el chavismo y el notable aumento experimentado por la derecha. Fue una victoria que puso en evidencia la endeblez metodológica de las encuestas que de uno y otro lado pronosticaban una holgada victoria del candidato chavista. Sobre el veredicto de las urnas lo primero que hay que decir es que su  desconocimiento por parte de Henrique Capriles no es en modo alguno sorprendente. Es lo que señala para casos como este el manual de procedimientos de la CIA y el Departamento de Estado cuando se trata de deslegitimar a un proceso electoral en un país cuyo gobierno no se somete a los dictados del imperio. Si bien la distancia entre uno y otro fue muy pequeña, no tuvo nada de excepcional a la luz de la historia venezolana: en las elecciones presidenciales de 1978 Luis Herrera Campins, candidato del COPEI obtuvo el 46.6 por ciento de los votos contra el 43.4 de su rival de Acción Democrática. Diferencia: 3.3 por ciento, y el segundo reconoció de inmediato el triunfo de su contendor. Antes, en 1968, otro candidato del COPEI, Rafael Caldera, accedió a la presidencia con el 29.1 por ciento de los sufragios, imponiéndose sobre el candidato de AD, Gonzalo Barrios, quien obtuvo el 28.2 por ciento de los votos. Diferencia: 0.9 por ciento y asunto concluido. Más próximo en el tiempo, contrasta con el autoritario empecinamiento de Capriles la actitud del por entonces presidente Hugo Chávez que, en el referendo constitucional del 2007, admitió sin más trámite su derrota cuando la opción por el No obtuvo el 50.6 por ciento de los votos contra el 49.3 por ciento del Si a la reforma que él favorecía. A pesar de que la diferencia fue de poco más del 1 por ciento Chávez reconoció de inmediato el veredicto de las urnas. Toda una lección para el ofuscado perdedor.Resultados electorales muy ajustados son más frecuentes de lo que se piensa. En Estados Unidos, sin ir más lejos, en la elección presidencial del 7 de Noviembre del 2000 el candidato demócrata Al Gore se impuso en la votación popular con el 48.4 por ciento de los votos, contra el republicano George W. Bush, quien obtuvo el 47.9 de los sufragios. Como se recordará, una fraudulenta maniobra efectuada en el colegio electoral del estado de Florida -cuyo gobernador era casualmente Jeb Bush, hermano de George W.- obró el milagro de “corregir los errores” en que había caído un sector del electorado de la Florida posibilitando el ascenso de Bush a la Casa Blanca. En suma, el que perdió ganó, y viceversa: todo un ejemplo de soberanía popular de la democracia estadounidense. En las elecciones presidenciales de 1960 John F. Kennedy, con el 49.7 por ciento de los sufragios, se impuso a Richard Nixon que cosechó el 49.6. La diferencia fue de apenas el 0.1 por ciento, poco más de 100.000 votos sobre un total de unos 69 millones, y el resultado fue aceptado sin chistar. Pero en Venezuela las cosas son diferentes y la derecha grita “fraude” y exige un recuento de cada uno de los votos, cuando ya Maduro accedió a efectuar una auditoría. Llama la atención, no obstante, la intolerable injerencia del inefable Barack Obama que no dijo ni una palabra cuando le robaron la elección a Al Gore pero encontró tiempo ayer por la tarde para decir, por boca de su vocero, que era "necesario" y "prudente" un recuento de los votos dado el resultado "extremadamente reñido" de las elecciones venezolanas. ¿Admitiría que un gobernante de otro país le dijera lo que tiene que hacer ante las poco transparentes elecciones estadounidenses?

Última atualização em Qua, 17 de Abril de 2013 03:16
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Correa: cuatro lecciones de su victoria

(Por Atilio A. Boron) 

La arrasadora victoria de Rafael Correa, con un porcentaje de votos y una diferencia entre él y su más inmediato contendiente que ya hubieran querido tener Obama, Hollande, Rajoy, entre  otros, deja algunas lecciones que es conveniente recapitular.
Primero y lo más obvio: la ratificación del mandato popular para seguir por el camino trazado pero, como dijo Correa en su conferencia de prensa,  avanzando más rápida y profundamente. Sabe el re-electo presidente que los próximos cuatro años serán cruciales para asegurar la irreversibilidad de las reformas que, al cabo de diez años de gestión, habrán concluido con la refundación de un Ecuador mejor, más justo y más sustentable. Un Ecuador en donde la diversidad no sea fuente de desigualdad.  En la conferencia de prensa ya aludida dijo textualmente: “o cambiamos ahora al país o no lo cambiamos más”. El proyecto de crear un orden social basado en el socialismo del sumak kawsay, el “buen vivir” de nuestros pueblos originarios, exige actuar con rapidez y determinación. Pero esto también lo saben la derecha vernácula y el imperialismo, y por eso se puede pronosticar que van a redoblar sus esfuerzos para evitar la consolidación del proceso de la “Revolución Ciudadana.”    Segunda lección: que si un gobierno obedece al mandato popular y produce políticas públicas que benefician a las grandes mayorías nacionales –que al fin y al cabo de eso trata la democracia- la lealtad del electorado puede darse por segura. La manipulación de las oligarquías mediáticas, la conspiración de las clases dominantes y las estratagemas del imperialismo se estrellan contra el muro de la fidelidad popular ante un gobierno fiel a sus mandatos.

Última atualização em Qua, 20 de Fevereiro de 2013 01:45
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Sobre a primeira etapa dos diálogos de Havana entre as FARC-EP e o governo colombiano

Por Carlos Lozano

Concluiu-se a primeira etapa dos diálogos de Havana. Para as forças democráticas e defensoras da paz, o balanço é positivo. Mas o prosseguimento do processo até que seja alcançada uma paz estável e duradoura enfrentará ainda muitas dificuldades e incertezas. À mesa das negociações sentam-se forças de classe antagónicas. E no desenvolvimento do processo pesará de forma determinante a posição do imperialismo, que tem na Colômbia uribista o seu mais fiel aliado na América Latina.

Última atualização em Sáb, 09 de Fevereiro de 2013 12:57
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A guerra no Mali

O país é um Eldorado de urânio, ouro, petróleo e minerais estratégicos

 

por R. Teichman

Mali.O governo francês declarou que:

"enviaria 2500 soldados para apoiar a tropa do governo do Mali no conflito contra rebeldes islamistas. A França já deslocou cerca de 750 soldados para o Mali e aviões franceses chegaram a Bamako na manhã de terça-feira ... 
Continuaremos a instalação de forças no terreno e no ar ... 
Temos um objectivo. Assegurar que quando deixarmos [o país], quando finalizarmos nossa intervenção, o Mali está seguro, tem autoridades legítimas, um processo eleitoral e não há mais terroristas a ameaçar o seu território". [1]

Assim, esta é a narrativa oficial da França e daqueles que a apoiam. E naturalmente isto é amplamente relatado nos media de referência. 

A França é apoiada por outros membros da NATO. O secretário da Defesa dos EUA, Leon Panetta, confirmouj que os EUA estava a fornecer inteligência às forças francesas no Mali. [2] O Canadá, a Bélgica, a Dinamarca e a Alemanha também apoiaram publicamente a incursão francesa, prometendo apoio logístico no esmagamento dos rebeldes. [3]

Se acreditarmos nesta narrativa seremos enganados mais uma vez acerca das razões reais.
Uma olhadela aos recursos naturais do Mali revela do que realmente se trata. 

Recursos naturais do Mali [4]

Ouro: O Mali é o terceiro maior produtor da África, com exploração em grande escala em andamento. O país é famoso pelo seu ouro desde os dias do grande Império Maliano. Na peregrinação a Meca do Imperador Kankou Moussa, em 1324, a sua caravana transportava mais de 8 toneladas de ouro! O Mali portanto tem sido um país mineiro durante mais de meio milénio. 

Actualmente há sete minas de ouro em operação no Mali, as quais incluem: Kalana e Morila no Sul do país, Yatela, Sadiola e Loulo no Ocidente, e minas que recentemente recomeçaram a produzir, nomeadamente Syama e Tabakoto. Projectos de exploração avançada incluem: Kofi, Kodieran, Gounkoto, Komana, Banankoro, Kobada e Nampala. 

Urânio: sinais encorajadores e exploração em plena actividade. A exploração está a ser executada por várias companhias com indicações claras de depósitos de urânio. O potencial de urânio localiza-se na área de Falea, a qual abrange 150 km2 da bacia Falea-Guiné do Norte, uma bacia sedimentar neoproterozoica assinalada por anomalias radiométricas significativas. Pensa-se que o potencial de urânio em Falea é de 5000 toneladas. O Projecto Kidal, na parte Nordeste do Mali, com uma área de 19.930 km2, abrange uma grande província geológica cristalina conhecida como L'Adrar Des Iforas. O urânio potencial no depósito Samit, só na região de Gao, é estimado em 200 toneladas. 

Diamantes: O Mali tem potencial para desenvolver sua exploração de diamantes. Na região administrativa de Kayes (Região mineira 1), foram descobertos trinta (30) filões quimberlíticos dos quais oito mostram traços de diamantes. Cerca de oito pequenos diamantes foram encontrados na região administrativa Sikasso (Sul do Mali). 

Pedras preciosas:
-Círculo de Nioro e Bafoulabe: Granadas e minerais magnéticos raros 
-Círculo de Bougouni e Bacia Faleme: Pegmatite 
-Le Gourma: granadas e corindons 
-L'Adrar des Ilforas: pegmatite e minerais em metamorfose 
-Zona Hombori Douentza: quartzo e carbonatos 

-Minério de ferro e manganês: Recursos significativos mas ainda não explorados. Segundo estimativas o Mali tem mais de 2 milhões de toneladas de reservas potenciais de minério de ferro localizadas nas áreas de Djidian-Kenieba, Diamou e Bale. 
-Bauxita: as reservas são estimadas em 1,2 milhão de toneladas, localizadas em Kita, Kenieba e Bafing- Makana. Traços de manganês foram encontrados em Bafing-Makana, Tondibi e Tassiga. 
-Depósitos de rocha calcárea: 10 milhões de toneladas est. (Gangotery), 30 milhões est. (Astro) e Bah El Heri (Norte de Goundam) 2,2 milhões de toneladas est. 
-Cobre: potencailidades em Bafing Makan (Região Ocidental) e Ouatagouna (Região Norte) 
-Mármore: Selinkegny (Bafoulabe) 10,6 MT de reservas estimadas e traços em Madibaya 
-Gesso: Taoudenit (35 MT est.), Indice Kereit (Nord de Tessalit) 0,37 MT est. 
-Caulim: Potential de reservas estimadas (1MT) localizado em Gao (Região Norte) 
-Fosfato: Reserva localizada em Tamaguilelt, produção de 18 mil t/ano e um potencial estimado de 12 milhões de toneladas. Há quatro outros depósitos potenciais no Norte, de 10 milhões de toneladas. 
-Chumbo e zinco: Tessalit na Região Norte (1,7 MT de reservas estimadas) e traços em Bafing Makana (Região Ocidental) e Fafa (Norte) 
-Lítio: Indicações em Kayes (Região Ocidental) e potencial estimado de 4 milhões de toneladas em Bougouni (Região Sul) 
-Xisto betuminoso: Potencial estimado em 870 milhões de toneladas, indicações encontradas em Agamor e Almoustrat na Região Norte. 
-Linhita: Potential estimado em 1,3 milhão de toneladas, indicações encontradas em Bourem (Região Norte) 
-Sal gema: Potencial estimado de 53 milhões de toneladas em Taoudenni (Região Nore) 
-Diatomite: Potencial estimado de milhões de toneladas em Douna Behri (Região Norte) 

O potencial petrolífero do Mali já atrai interesses significativos de investidores

O potencial petrolífero do Mali tem sido documentado desde a década de 1970 quando pesquisa sísmica e perfurações esporádicas revelaram indicações prováveis de óleo. Com o crescente preço mundial dos recursos de petróleo, o Mali avançou a sua promoção e pesquisa para a exploração, produção e potencial exportação do petróleo. O Mali também poderia proporcionar uma rota de transporte estratégica para as exportações de petróleo e gás sub-saarianas para o Ocidente e há a possibilidade de conectar a bacia Taoudeni ao mercado europeu através da Argélia. 

Já começaram trabalhos de reinterpretação de dados geofísicos e geológicos efectuados anteriormente, centrando-se em cinco bacias sedimentares no Norte do país incluindo: Taoudeni, Tamesna, Ilumenden, Ditch Nara e Gao. 

Isso é o que há

Não importa o que seja dito nos media de referência: o objectivo desta nova guerra não é outro senão despojar mais um país dos seus recursos naturais, assegurando o acesso aos mesmos das corporações internacionais. O que está a ser feito agora no Mali através de bombas e balas está a ser feito à Irlanda, Grécia, Portugal e Espanha através da escravização pela dívida. O povo sofre e morre. O Guardian informou há dois dias [5] :

"O custo humano ainda não foi calculado, mas um comunicado lido na televisão do estado sábado passado diz que pelo menos 11 malianos foram mortos em Konna. 

"Sory Diakite, o presidente da municipalidade de Konna, afirma que entre os mortos havia crianças afogadas depois de se lançarem a um rio numa tentativa de escapara às bombas. 

"Outros foram mortos nos pátios das suas casas, ou fora delas. O povo tentava fugir à procura de refúgio. Alguns afogaram-se no rio. Pelo menos três crianças lançaram-se ao rio. Tentavam nadar para o outro lado. E tem havido danos significativos da infraestrutura", disse o presidente, que fugiu da cidade com a sua família e agora está em Bamako".Quem sabe qual será hoje o total de mortes? 

Deus ajude o povo de qualquer país com recursos naturais a serem explorados.

15/Janeiro/2013

Notas:
[1] [2] [3] http://rt.com/news/france-mali-french-troops-006/
[4] Toda a informação é extraída de Le Journee Miniere et Petrolieres du Mali (informação do governo) http://www.jmpmali.com/html/miningandpetroleum.html
[5] www.guardian.co.uk/world/2013/jan/13/mali-neighbours-troops-french-intervention

 

Última atualização em Sex, 18 de Janeiro de 2013 21:58
 
OBAMA DÁ SINAIS DE QUE HAVERÁ MAIS QUATRO ANOS DE MÁS RELAÇÕES COM A AMÉRICA LATINA

Mark Weisbrot
2013-01-02 10:43:00

Na sexta-feira passada, numa entrevista em Miami, o presidente Obama foi muito longe ao dirigir insultos gratuitos contra o presidente Hugo Chávez.

Fazendo-o, não só ofendeu a maioria dos venezuelanos, que votaram para reeleger o seu presidente em 7 de Outubro, como ofendeu inclusivamente muitos que não votaram nele. Chávez está a lutar pela vida, recuperando de uma complicada operação a um cancro. Na América Latina, como na maior parte do mundo, esta desnecessária difamação de Chávez por parte de Obama constitui uma violação não apenas do protocolo diplomático, mas também dos mais elementares padrões de cortesia.

Mas talvez seja ainda mais importante o facto de que estas inadequadas calúnias de Obama enviaram uma desagradável mensagem ao resto da região. Enquanto Obama pode safar-se com qualquer coisa que diga na maioria dos meios de comunicação, pode estar-se seguro de que os seus comentários foram registados pelos presidentes e ministérios de Relações Exteriores do Brasil, Argentina, Equador, Bolívia e outros. A mensagem foi clara: podemos esperar mais quatro anos com as mesmas políticas falidas - políticas de Guerra Fria - para a América Latina, as mesmas que o presidente George W. Bush defendeu e Obama prosseguiu no seu primeiro mandato.

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Un avance irreversible

Por Atilio A. Boron*

El PSUV obtuvo una victoria arrasadora en las elecciones venezolanas. La derecha esperaba que, ante la enfermedad del presidente Hugo Chávez, cundieran el desaliento y la resignación que harían morder el polvo de la derrota a los bolivarianos. Ocurrió exactamente lo contrario: el chavismo avanzó en los grandes bastiones de la reacción, que sólo pudo retener tres de los siete estados que antes controlaba. Triunfó en Zulia, emporio petrolero y el estado con mayor población y en Carabobo, núcleo industrial del país. Aparte se alzó con la victoria en Táchira, estado fronterizo con Colombia y ruta preferencial de paramilitares y narcos para sembrar el terror en Venezuela; y en la insular Nueva Esparta. Hay un par de casos que merecen un párrafo aparte: en Zulia el candidato de la derecha, Pablo Pérez, no pudo ser re-electo perdiendo casi 85.000 votos en el camino y bajando del 53 por ciento, obtenido en las elecciones del 2008, al 48 por ciento. Mientras, el candidato chavista subía del 45 al 52 por ciento, cosechando una clarísima victoria en un estado que había sido tradicionalmente hostil a los bolivarianos. Y en Miranda el ex candidato presidencial Henrique Capriles ni siquiera mantuvo su caudal electoral: había obtenido el 53 por ciento en el 2008 y logró el 52 por ciento días pasados, reduciendo el margen de su victoria y fracasando en su apuesta - y la de toda la derecha y el imperio- de transformar su protagonismo en la reciente pugna presidencial en un trampolín que lo instalase como el gran contendor del chavismo para las elecciones presidenciales que eventualmente pudieran tener lugar en el caso de que Chávez no asumiera la presidencia el próximo 10 de Enero.

Última atualização em Ter, 18 de Dezembro de 2012 13:50
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AS FARC-EP LUTAM PELA PAZ, O GOVERNO SIMULA NEGOCIAR

por Miguel Urbano Rodrigues

O presidente Juan Manuel Santos, um oligarca neofascista, sentiu a necessidade de abrir o diálogo de paz com as FARC, opção que ao tomar posse qualificava de impensável. Mudou de atitude na convicção de que não há solução militar para o conflito e também alarmado com o êxito alcançado pela Marcha Patriótica e com a adesão de milhões de colombianos à campanha promovida pelo movimento «Colombianos por la Paz».

Trata de ganhar tempo. Juan Manuel Santos sabe que Washington se opõe a uma paz negociada com as FARC e são fortíssimas as pressões da oligarquia e das transnacionais para impedir que a mesa de diálogo de Havana atinja os objectivos do Acordo assinado. Sabotar a Agenda é agora a tarefa de Humberto Calle e do general Mora.

Do outro lado estão as heroicas FARC-EP, assumindo na mesa de diálogo o mesmo papel que na luta armada sempre definiram como seu: defender o povo e a democracia, defender uma Colômbia de progresso e de paz.

No próximo dia 15 principiam em Havana as negociações sobre o «Acordo geral para o fim do conflito e a construção de uma paz duradoura e estável» entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colombia – Exército do Povo e o governo da Colômbia.

As conversações prévias em Oslo para fixação definitiva da Agenda foram difíceis.

A delegação do governo, chefiada pelo ex vice-presidente da República Humberto de la Calle, tentou eliminar do debate questões fundamentais. Outro elemento, o general Jorge Mora, ex – comandante-chefe do Exército, pretendeu retirar da Agenda as questões militares.

Os 140 jornalistas colombianos que cobrem o acontecimento apresentaram – com poucas excepções – relatos distorcidos da Mesa de Diálogo. As cadeias televisivas Rádio Caracol e RCN ignoraram inclusive a intervenção do comandante Ivan Marquez.

No acto público de Oslo o chefe da delegação das FARC-EP pronunciou um importante discurso cujas principais passagens foram divulgadas pelos media noruegueses. Recordou que as FARC lutam por uma paz definitiva, inseparável de «uma profunda desmilitarização do Estado e por reformas radicais» e esclareceu que 70% da população colombiana vegeta na pobreza (mais de 30 milhões). Num país riquíssimo, o latifúndio improdutivo é responsável pela importação anual de mais de 10 milhões de toneladas de alimentos. A restituição das terras roubadas aos camponeses é portanto uma exigência prioritária da organização revolucionária.

Lembrou também que o orçamento militar da Colombia é proporcionalmente dos mais altos do mundo. As suas Forças Armadas - mais de 400 000 homens - recebem dos EUA 700 milhões de dólares por ano e armas que Washington somente fornece a Israel.

Outro tema crucial da agenda é o controlo que as transnacionais mantêm sobre a riqueza mineira do país. «A locomotiva mineira – são palavras de Ivan Marques – é como um demónio de destruição socio-ambiental que se não for detido pelo povo, em menos de uma década transformará a Colombia num país inviável».

UMA AGENDA AMBICIOSA

A agenda aprovada é um ambicioso documento com seis pontos:

1. Processo de desenvolvimento acelerado e uso da terra;
2. Participação política;
3. Fim do conflito armado;
4. Solução para o problema das drogas;
5.Vítimas;
6. Agenda para a implementação e referendo.

A maioria dos pontos desdobra-se em itens sobre diferentes temas a debater (ver o texto integral em http://www.odiario.info/?p=2601). Numa clara demonstração de apoio às negociações de Havana, foi divulgado em Bogotá um documento que expressa o profundo desejo de paz do povo colombiano. É assinado por milhares de artistas, intelectuais, professores, sindicalistas, líderes comunitários, etc.

A delegação das FARC além do comandante Ivan Marquez é constituída pelos comandantes Rodrigo Granda, Jesus Santrich, Marcos Calarcá e Andrés Paris e a guerrilheira holandesa Tanja Nijmeijer. A fim de desmontar as manobras do governo, não esperou pelo início das negociações para divulgar comunicados criticando declarações da delegação oficial que prejudicam a atmosfera do Processo de Paz. O general Jorge Mora, nomeadamente, tem insistido por uma desmobilização imediata das FARC. La Calle quer reduzir ao mínimo o debate sobre temas económicos.

O presidente Juan Manuel Santos, um oligarca neofascista, com um passado ligado ao paramilitarismo e ao narcotráfico, sentiu a necessidade de abrir o diálogo de paz com as FARC, opção que ao tomar posse qualificava de impensável. Mudou de atitude na convicção de que não há solução militar para o conflito e também alarmado com o êxito alcançado pela Marcha Patriótica e com a adesão de milhões de colombianos à campanha promovida pelo movimento «Colombianos por la Paz».

Trata de ganhar tempo. Juan Manuel Santos sabe que Washington se opõe a uma paz negociada com as FARC e são fortíssimas as pressões da oligarquia e das transnacionais para impedir que a mesa de diálogo de Havana atinja os objectivos do Acordo assinado.

Sabotar a Agenda, ponto por ponto, é agora a tarefa de Humberto Calle e do general Mora.
Outra, antagónica, é a atitude das FARC.

A vida proporcionou-me a oportunidade de conhecer alguns dos membros da delegação e uma amizade profunda liga-me ao comandante Rodrigo Granda. São veteranos comunistas e revolucionários empenhados em conquistar a Paz e lutar por uma Colombia democrática e independente.

O comandante Ivan Marquez enuncia numa evidência ao afirmar: «Mal-aventurados os que no governo ocultam por trás da bondade das palavras a impiedade para com os homens do povo, porque serão apontados com o dedo da vergonha nas páginas da História».

Vila Nova de Gaia, 2 de Novembro de 2012
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Última atualização em Dom, 04 de Novembro de 2012 17:38
 
Depois do Afeganistão, o Pentágono muda-se para a América Latina

Cheryl Pellerin (Edição de Rick Rozoff*)

 

A estratégia imperialista para a América Latina avança com a escalada militar. Não apenas com o alargamento da rede de bases militares dos EUA, mas com o estreitamento da colaboração militar através, nomeadamente, do programa MODA e da inicativa DIRI. O programa MODA está em aplicação no Afeganistão. Agora o Departamento de Defesa está a expandi-lo no sentido do compromisso de outros países fora do Afeganistão, como o Peru e o Montenegro. No Hemisfério Ocidental, Chile, Brasil, Peru, Colômbia e Guatemala já participam da Iniciativa DIRI (Defense Industrial Reform Initiative [Iniciativa de Reforma Industrial da Defesa]).

 

Última atualização em Seg, 22 de Outubro de 2012 12:17
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