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"Luiz Carlos Prestes entrou vivo
no Panteon da História.  
Os séculos cantarão a 'canção de gesta'
dos mil e quinhentos homens da
Coluna Prestes e sua marcha de quase
três anos através do Brasil.
Um Carlos Prestes nos é sagrado.
Ele pertence a toda a humanidade.
Quem o atinge, atinge-a."

(Romain Roland, 1936)


Notícias
Barreira sino-russa contra a intromissão dos EUA

Os EUA acumularam suficiente experiência e sucessos na promoção de “revoluções coloridas” para se abalançarem a duas operações simultâneas de grande ambição: Hong Kong e Moscovo. O problema é irem confrontar-se com forças e meios muito superiores àqueles com que se depararam em outros lugares. E desta nova ofensiva resultarem novas plataformas de cooperação sino-russa, outro pesadelo para os EUA e seus aliados.

Última atualização em Ter, 27 de Agosto de 2019 00:27
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Assembleia dos “Coletes Amarelos”: «Será necessário sair do capitalismo»

Por Rémy Herrera


O movimento dos “Coletes Amarelos” em França prossegue a mobilização. Mas avança igualmente em formas de organização: as assembleias, e as “Assembleias das assembleias.”
Na segunda, realizada no início de Abril, aprovou um conjunto de posições e orientações com um claro cunho progressista. Que constituem, além do mais, um encorajador indício da sua autonomia de decisão, da sua vontade de avançar, e da sua capacidade de resistir tanto à repressão como às tentativas de divisão e de manipulação a partir do seu interior.

O “Acto 21″ dos “Coletes Amarelos” ocorreu, como desde há quase cinco meses, num sábado, 6 de Abril. Mas em paralelo, de 5 a 7, realizou-se em Saint-Nazaire, Loire-Atlantique, um acontecimento que irá certamente influenciar as próximas lutas no país: a segunda Assembleia das assembleias de coletes amarelos. É o ponto central do movimento. A primeira teve lugar em Meuse, Commercy no final de Janeiro e tinha já reunido 70 delegações; quase 200 vieram desta vez a Saint-Nazaire, ou seja, cerca de 800 delegados presentes (dois representantes mais dois observadores por delegação). E sem contar os voluntários, jornalistas, curiosos … Estes delegados tinham sido mandatados por cerca de 10 000 coletes amarelos, mobilizados em centenas de locais de luta: rotundas, praças ou portagens mas também, quando as forças da ordem os desalojaram, em muitos lugares muito mais excêntricos e menos visíveis (até mesmo em alojamentos de acaso). Em toda a França, a resistência.

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Brasil: Banqueiros são os maiores defensores da Reforma da Previdência

por Maria Lucia Fattorelli

A proposta de Reforma da Previdência apresentada por Bolsonaro ao Congresso representa a destruição do regime de solidariedade que foi aprovado por unanimidade pelos constituintes de 1988.

As principais justificativas para tal destruição são a falácia do défice e a longevidade da população, argumentos que já foram completamente desmontados, mas que precisamos repetir. O governo também fala em combate a privilégios. Vamos falar disso também.

Para começo de conversa, sequer se deveria falar em défice da Previdência, como se não fosse obrigação do Estado garantir o direito sagrado a uma aposentadoria digna para a classe trabalhadora, que de fato é a que produz a riqueza real do país; produz todos os bens e serviços colocados à disposição da população; alimenta todas as famílias; garante a própria vida da população e movimenta a economia do país.

Mas se querem falar em números, vamos lá. Historicamente, as contribuições sociais previstas na Constituição Federal (COFINS; CSLL; PIS; contribuição ao INSS pagas por trabalhadores e empregadores; sobre produção rural; importações; loterias etc) foram mais que suficientes para cobrir toda a despesa da Seguridade Social (que engloba a Previdência, a Saúde e a Assistência Social) e ainda sobraram recursos que foram destinados para outros fins, em especial para o pagamento de juros da chamada dívida pública.

A partir de 2015 houve uma queda brutal da arrecadação das contribuições sociais, devido à "crise" que levou milhares de empresas de todos os setores à falência, provocou desemprego recorde e paralisação da economia brasileira. Nesse cenário de "crise", o governo ainda concedeu diversas desonerações fiscais e liberou diversos setores de contribuir para a Seguridade Social, afetando ainda mais a arrecadação.

Portanto, a insuficiência de contribuições sociais não se deve a um problema no modelo de Previdência Social solidária, mas sim à "crise", que no caso brasileiro foi fabricada pela política monetária do Banco Central, que quebrou inúmeras empresas, provocou desemprego recorde e derrubou o PIB. Empresas quebradas, desempregados e informais não contribuem para a Previdência. Esse é o problema, e não a longevidade das pessoas ou a solidariedade do modelo.

Ademais, ainda que as contribuições sociais passassem a não ser suficientes para assegurar os direitos sociais, a própria Constituição já previu (Art. 195) que recursos do orçamento fiscal de todos os entes federados (União, Estados, DF e Municípios) também são responsáveis pela manutenção da Seguridade Social, juntamente com as contribuições sociais.

Tudo isso está sendo destruído por essa PEC 6/2019, que cria um regime de capitalização que não oferece garantia alguma de qualquer pagamento de benefício futuro aos trabalhadores e trabalhadoras que terão que pagar umacontribuição definida durante décadas, porém, o benefício dependerá do comportamento do mercado, e pode ser zero ou negativo: em vez de receber benefício o trabalhador pode ser chamado a aportar recursos ao fundo de capitalização. Quem vai ganhar com isso? Somente as instituições financeiras que administrarão os fundos de capitalização e receberão as contribuições, sem responsabilidade alguma com o pagamento de benefício futuro.

Mas vamos falar de privilégio. O que o governo e a grande mídia chamam de privilegiados são os servidores públicos que aceitaram um contrato de trabalho oferecido unilateralmente pelo próprio governo, passaram em um concurso público, e durante toda a sua vida laboral pagaram contribuição previdenciária calculada sobre o vencimento bruto e, mesmo depois de aposentados continuam pagando contribuição previdenciária de 11% (ou mais) sobre o provento bruto. Ou seja, os privilegiados seriam aqueles que recebem aposentadoria acima do teto do INSS (atualmente em R$5.839,45 [€1.347]), porque contribuíram nessa proporção e ainda continuam contribuindo até a morte. Além de pagar cerca de 11% (ou mais) de contribuição previdenciária, estão na faixa de 27,5% de imposto de renda [NR] da pessoa física, de tal forma que cerca de 40% do que recebem é tributo pago na fonte e nem irá para as mãos destes que estão sendo acusados de privilegiados.

Na verdade, o grande privilegiado no Brasil é o mercado financeiro, que ganhou mais de meio milhão de milhões com a "crise" produzida pela política monetária do Banco Central e ganhará mais ainda com essa PEC 6/2019.

Os bancos ganharam R$526 mil milhões [€121 mil milhões] com a remuneração de sua sobra de caixa pelo Banco Central nos últimos cinco anos! Ganharam outras centenas de milhares de milhões com os juros exorbitantes também definidos pelo Banco Central, e com os sigilosos contratos de swap cambial. Aí é que está o privilégio obscuro, sigiloso, que beneficiou os bancos enquanto quebrava a economia brasileira e criava a crise que está servindo de justificativa para a destruição da Previdência Social e para a entrega brutal de patrimônio por meio das privatizações de empresas estratégicas e lucrativas, como a Eletrobras, Petrobras etc.

O mercado tem tanta certeza de seus ganhos com a PEC 6/2019 que a Bolsa de Valores, que bateu recorde histórico diante da simples notícia, em 14/01/2019, sobre o avanço da proposta que seria entregue por Bolsonaro ao Congresso .

Além dos bancos, as pessoas físicas privilegiadas deste país não são servidores públicos aposentados que deixam cerca de 40% de seus ganhos nas mãos do governo, mas sim aquelas que têm renda mensal elevadíssima, e a maioria dos rendimentos que recebem são isentos, ou seja, não entregam praticamente nada ao governo.

Vejam a tabela a seguir, parte da tabela 9 (disponível no link) , que mostra as faixas de renda, em números de salários mínimos, a quantidade de declarantes e o respectivo valor (em milhões de Reais) do rendimento tributado, tributado exclusivamente na fonte e isento. Mostra também o valor da contribuição previdenciária paga:

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É escandaloso o fato de existirem 25.785 pessoas que em 2016 (dado mais recente divulgado pela Receita Federal) tiveram renda mensal superior a 320 salários mínimos, dos quais a maior parte foi ISENTA, ou seja, não pagaram imposto de renda nem contribuição previdenciária! Estes são os que estão favoráveis à PEC 6/2019. Outras pessoas que defendem essa destruição da Seguridade com certeza desconhecem os dados e estão embarcando em falsas propagandas.

Não podemos permitir qualquer reforma da Seguridade Social sem debate amplo, honesto, que leve em conta o fato de que historicamente a Previdência Social pública e solidária tem sido superavitária e que, momentaneamente, estamos no auge das consequências nocivas da crise fabricada pela política monetária (esta sim, que precisa ser reformada urgentemente) do Banco Central, que ainda quer ficar "independente" para entregar de vez ao mercado os destinos das finanças do país.

[NR] No Brasil chamam de "renda" a qualquer tipo de rendimento, não apenas os dos rentistas.

Ver também:

O que provocou a crise econômica atual

Orçamento federal executado em 2018

O que está em jogo com a proposta de reforma da Previdência

[*] Economista.

 

O original encontra-se em www.extraclasse.org.br/...

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

por Maria Lucia Fattorelli
Última atualização em Qua, 27 de Março de 2019 05:14
 
Entre as duas mandíbulas do torno da extrema-direita

Realizou-se a 22 de Dezembro o «Acto VI» na luta dos coletes amarelos em França. Para além de particularidades que são sinal não só de organização, mas de uma organização capaz de iludir os serviços de informações, verifica-se com crescente clareza que, em vez de responder a reivindicações que Macron reconheceu já serem legítimas, a opção do poder é a da intensificação da acção de um aparelho repressivo de Estado onde a extrema-direita tem uma muito forte presença.

A quem ouvisse os representantes dos sindicatos de polícias à saída do ministério do Interior na noite de 19 de Dezembro, pareceria que «as negociações tinham sido difíceis, muito difíceis». Fica portanto a saber-se que apenas algumas horas depois disso terão sido suficientes para que tenham obtido «os mais fortes avanços salariais» na profissão desde há 20 anos. Dois dias passados sobre o «Acto V dos coletes amarelos», a 17, várias organizações sindicais da polícia nacional tinham anunciado a sua intenção de proceder a uma jornada de «comissariados fechados» na quarta-feira 19 – uma vez que o direito à greve lhes é interdito. Christophe Castaner teve de largar lastro: as remunerações dos polícias são aumentadas em 120 euros para os jovens no início da carreira e em 15º para os mais antigos; é mais do que obtiveram os seus colegas da função pública – ou seja, absolutamente nada (quando das negociações de 20 de Dezembro) – ou os coletes amarelos – quase nada (dez dias antes).

Última atualização em Qui, 27 de Dezembro de 2018 18:16
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