“Alívio Fiscal” do PS, “Choque Fiscal” da AD no IRS: trabalhadores e pensionistas vão pagar mais do dobro do IRC pago pelas empresas. E a receita do IVA vai aumentar

Eugénio Rosa    24.Abr.24

Para além do esforço da AD e PS em lançar cortinas de fumo, há que «ter presente que a redução de 1327 milhões € no IRS resultante da tabela de IRS constante do OE-2024 aprovado pelo PS, mais a redução de 212 milhões € da tabela de IRS que a AD vai propor para aprovação não significa que os portugueses irão pagar menos 1539 milhões € em 2024 do que em 2023 (em 2023, o Estado cobrou 18504 milhões € de IRS), mas sim é uma redução de 1539 milhões € relativamente ao que teriam de pagar se a tabela de IRS fosse em 2024 a mesma que vigorou em 2023. A redução do IRS cobrado pelo Estado em 2024 será muito menos que os 1539 milhões €»

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Haverá para isto um nome, mas não é democracia

Raquel Ribeiro    22.Abr.24


«Na Alemanha, a criminalização de movimentos de esquerda, seja contra a guerra da Ucrânia, seja de apoio à Palestina, de crítica a Israel ou ao governo alemão, seja de judeus, de cristãos ou de muçulmanos, agora inseridos nesta “cena islamista”, está a ser conduzida por governos e políticos “democráticos”, representantes de partidos do “arco da governação”, dos sociais-democratas aos verdes, dos socialistas aos democrata-cristãos. Eis-nos diante deste paradoxo: os que diariamente nos acenam com o perigo da extrema-direita são os que põem em prática medidas fascizantes.»

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O genocídio de Gaza como política explícita: Michael Hudson identifica tudo

Pepe Escobar    17.Abr.24


Quando alguém com a estatura intelectual de Michael Hudson se pronuncia, com tanta dureza e sem poupar nas palavras, sobre o genocídio em curso do povo palestiniano, isso adquire um peso especial. Três ideias centrais: uma, que o que se passa agora não é mais do que a Solução Final de um objectivo formulado desde 1945: uma Palestina geograficamente existente mas de onde o seu povo seria eliminado. Outra, que os EUA e Israel são igualmente responsáveis por este crime contra a humanidade. Outra, que este genocídio é mais uma etapa da tentativa de imposição ao mundo da “ordem baseada em regras” definidas pelos EUA, ou seja, da sua dominação seja por que meios for. Todavia, observa Hudson, o que está a acontecer é o oposto do que pretendiam. A grande maioria dos países do mundo volta-lhes as costas, e procura construir um novo modelo global de relacionamento e convivência entre países e povos.

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O SNS para a AD: nenhum reforço, convenções com os grandes grupos de saúde, incentivo aos profissionais do SNS a trabalhar para os privados

Eugénio Rosa    15.Abr.24


A “solução milagrosa” da AD para o SNS não é reforçá-lo, mas fazer convenções com os grandes grupos de saúde (CUF, LUZ, LUSÍADAS, TROFA, etc.) e com IPSS, e criar USF de privados ( cheques cirurgias, cheques consultas, cheques exames para privados pagos pelo orçamento do SN, desnatando-o e destruindo-o gradualmente). Para professores e forças de segurança o governo anunciou reuniões, em relação aos profissionais de saúde, nomeadamente médicos, a resposta de Montenegro foi o silêncio. O seu objectivo é, por um lado, é desvalorizar o SNS, os seus profissionais e utentes e, por outro, criar condições para justificar o “outsourcing” a privados de serviços que deviam ser prestados pelo SNS.

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Para compreender os riscos colocados pela IA, siga o rasto do dinheiro

Tim O’Reilly    11.Abr.24


Diz o autor que «há uma classe de riscos da IA que é geralmente conhecida de antemão. Trata-se dos riscos decorrentes de um desalinhamento entre os incentivos económicos de uma empresa para lucrar de uma determinada forma com o modelo de IA de que é proprietária e os interesses da sociedade quanto à forma como o modelo de IA deve ser rentabilizado e utilizado. Concentrar-se nos riscos económicos da IA não é apenas sobre evitar o “monopólio”, a “auto-preferência” ou o “domínio das Big Tech”. É sobre garantir que o ambiente económico que facilita a inovação não incentiva riscos tecnológicos difíceis de prever, uma vez que as empresas “avançam rapidamente e partem tudo” numa corrida ao lucro ou ao domínio do mercado.»

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Guerra brutal e caótica - normas, convenções e leis de conduta estão a ser aniquiladas

Alastair Crooke    10.Abr.24


“Um aspecto importante da conduta de Israel - e da aquiescência de Biden - é que Israel está empenhado num esforço deliberado e sistemático para destruir as leis e normas existentes em matéria de guerra”. Nem imunidade das instalações diplomáticas (que a NATO iniciara já na Jugoslávia); nem preservar hospitais e pessoal da saúde; nem entrega de ajuda humanitária; nem proteger civis da fome; nem não bombardear indiscriminadamente. Tudo isso o estado sionista faz, com o apoio e a cumplicidade efectiva dos EUA e seus vassalos. É a “imperialista ordem baseada em regras” aplicada ao genocídio.

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CGD: um banco público que actua como se fosse privado

Eugénio Rosa    09.Abr.24


A análise da gestão da administração de Paulo Macedo muitas vezes limita-se a analisar os lucros obtidos, esquecendo -se de analisar: (1) Como foram obtidos esses resultados; (2) Se a CGD está a cumprir a sua missão de apoio às famílias e ao desenvolvimento do país; (3) Se valoriza e respeita os seus trabalhadores; (4) Se os interesses dos contribuintes, e dos depositantes, que a financiam, são respeitados. Os dados da própria CGD confirmam que esses lucros são obtidos à custa dos contribuintes, dos depositantes, da perda de poder de compra dos seus trabalhadores, do decréscimo do apoio à economia e às famílias. sâo estes os resultados do «grande gestor» Paulo Macedo, tão admirado no “bloco central”.

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NATO: 75 anos a promover a guerra

Jorge Cadima    08.Abr.24


75 anos da NATO são 75 anos de uma organização agressiva e agressora que tem levado a insegurança, a destruição e o caos a todo o lado (a imagem que publicamos é da Belgrado bombardeada), e que ambiciona fazê-lo no planeta inteiro. Braço armado do imperialismo ocidental, o historial dos crimes por si cometidos contra países e povos é monstruoso. Procura agora conduzir o mundo ao desastre total. Amiga do salazarismo e inimiga do Portugal de Abril, quanto mais depressa o nosso país a veja pelas costas melhor poderá assegurar um futuro de soberania, paz e independência nacional. O governo que agora tomou posse pertence, tal como os anteriores, ao grupo dos seus lacaios nacionais. Razão acrescida para se lutar desde já contra ele.

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Cinquenta anos depois, jogos de guerra

Manuel Loff    05.Abr.24


As aparentes semelhanças entre o tempo que vivemos e os anos 30 do século passado são mais do que inquietantes. Vão de um capitalismo em profunda crise à ascensão de forças e movimentos fascistas, da corrida armamentista ao recrudescimento do discurso militarista. Por toda a UE se invoca a inevitabilidade de uma guerra generalizada que se avizinharia. Tem os seus porta-vozes em Portugal, agora na defesa da reinstauração do Serviço Militar Obrigatório. Há quem, 50 anos passados sobre o fim da guerra colonial, queira «voltar a fazer dos jovens portugueses carne para canhão.»

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TAP com 177 milhões de euros de lucros em 2023

Manuel Gouveia    04.Abr.24


«Estes resultados não iludem, antes expõem à evidência, a necessidade de defesa de uma TAP pública ao serviço da economia nacional, da continuidade territorial, da ligação à diáspora portuguesa pelo mundo, da soberania e da independência nacional. Mas, evidenciam também a necessidade de, por todas as formas disponíveis, prosseguir o combate ao processo de privatização anunciado pelo Governo PS e que o Governo PSD/CDS procurará concretizar.»

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Enquanto surge uma nova ordem mundial, Portugal vive em enorme fragilidade económica e social, numa UE em declínio

Eugénio Rosa    02.Abr.24


O novo contexto internacional que está a surgir e em que Portugal encontra inserido condicionará o futuro do país e dos portugueses. Marca-o o confronto EUA/China, a nova ordem mundial em ascensão e o declínio e perda de relevância da UE. A globalização capitalista, tal como a conhecemos e vivemos durante os últimos anos após o colapso da URSS, em que a única potencia hegemónica eram os E.U.A. (um mundo unipolar), e que agravou enormemente as desigualdades entre países e em cada país, está a ser posta em causa por uma nova potência em ascensão, a China. O confronto é já intenso, e o nosso país enfrenta-o numa situação de enorme fragilidade económica e social, agravada pelo corte brutal no investimento público e o reduzido investimento privado.

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Os investidores

Anabela Fino    29.Mar.24


A Assembleia da República saída das eleições de 10 de Março promete, não só em reaccionarismo, mas em novos patamares daquilo que tão justamente foi chamado “cretinismo parlamentar”. Chega, IL, PSD, CDS, e PS também, estão à altura. Uma balbúrdia com que os grandes financiadores que neles investem esfregam as mãos: quanto maior for, mais facilmente poderão tentar esconder as politicas que dali sairão. «Os investidores na «democracia parlamentar», cada vez mais nas mãos dos «grandes grupos económicos dominantes associados a transnacionais», aplaudem.»

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