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"Luiz Carlos Prestes entrou vivo
no Panteon da História.  
Os séculos cantarão a 'canção de gesta'
dos mil e quinhentos homens da
Coluna Prestes e sua marcha de quase
três anos através do Brasil.
Um Carlos Prestes nos é sagrado.
Ele pertence a toda a humanidade.
Quem o atinge, atinge-a."

(Romain Roland, 1936)


Notícias
Sobre a primeira etapa dos diálogos de Havana entre as FARC-EP e o governo colombiano

Por Carlos Lozano

Concluiu-se a primeira etapa dos diálogos de Havana. Para as forças democráticas e defensoras da paz, o balanço é positivo. Mas o prosseguimento do processo até que seja alcançada uma paz estável e duradoura enfrentará ainda muitas dificuldades e incertezas. À mesa das negociações sentam-se forças de classe antagónicas. E no desenvolvimento do processo pesará de forma determinante a posição do imperialismo, que tem na Colômbia uribista o seu mais fiel aliado na América Latina.

Última atualização em Sáb, 09 de Fevereiro de 2013 12:57
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A guerra no Mali

O país é um Eldorado de urânio, ouro, petróleo e minerais estratégicos

 

por R. Teichman

Mali.O governo francês declarou que:

"enviaria 2500 soldados para apoiar a tropa do governo do Mali no conflito contra rebeldes islamistas. A França já deslocou cerca de 750 soldados para o Mali e aviões franceses chegaram a Bamako na manhã de terça-feira ... 
Continuaremos a instalação de forças no terreno e no ar ... 
Temos um objectivo. Assegurar que quando deixarmos [o país], quando finalizarmos nossa intervenção, o Mali está seguro, tem autoridades legítimas, um processo eleitoral e não há mais terroristas a ameaçar o seu território". [1]

Assim, esta é a narrativa oficial da França e daqueles que a apoiam. E naturalmente isto é amplamente relatado nos media de referência. 

A França é apoiada por outros membros da NATO. O secretário da Defesa dos EUA, Leon Panetta, confirmouj que os EUA estava a fornecer inteligência às forças francesas no Mali. [2] O Canadá, a Bélgica, a Dinamarca e a Alemanha também apoiaram publicamente a incursão francesa, prometendo apoio logístico no esmagamento dos rebeldes. [3]

Se acreditarmos nesta narrativa seremos enganados mais uma vez acerca das razões reais.
Uma olhadela aos recursos naturais do Mali revela do que realmente se trata. 

Recursos naturais do Mali [4]

Ouro: O Mali é o terceiro maior produtor da África, com exploração em grande escala em andamento. O país é famoso pelo seu ouro desde os dias do grande Império Maliano. Na peregrinação a Meca do Imperador Kankou Moussa, em 1324, a sua caravana transportava mais de 8 toneladas de ouro! O Mali portanto tem sido um país mineiro durante mais de meio milénio. 

Actualmente há sete minas de ouro em operação no Mali, as quais incluem: Kalana e Morila no Sul do país, Yatela, Sadiola e Loulo no Ocidente, e minas que recentemente recomeçaram a produzir, nomeadamente Syama e Tabakoto. Projectos de exploração avançada incluem: Kofi, Kodieran, Gounkoto, Komana, Banankoro, Kobada e Nampala. 

Urânio: sinais encorajadores e exploração em plena actividade. A exploração está a ser executada por várias companhias com indicações claras de depósitos de urânio. O potencial de urânio localiza-se na área de Falea, a qual abrange 150 km2 da bacia Falea-Guiné do Norte, uma bacia sedimentar neoproterozoica assinalada por anomalias radiométricas significativas. Pensa-se que o potencial de urânio em Falea é de 5000 toneladas. O Projecto Kidal, na parte Nordeste do Mali, com uma área de 19.930 km2, abrange uma grande província geológica cristalina conhecida como L'Adrar Des Iforas. O urânio potencial no depósito Samit, só na região de Gao, é estimado em 200 toneladas. 

Diamantes: O Mali tem potencial para desenvolver sua exploração de diamantes. Na região administrativa de Kayes (Região mineira 1), foram descobertos trinta (30) filões quimberlíticos dos quais oito mostram traços de diamantes. Cerca de oito pequenos diamantes foram encontrados na região administrativa Sikasso (Sul do Mali). 

Pedras preciosas:
-Círculo de Nioro e Bafoulabe: Granadas e minerais magnéticos raros 
-Círculo de Bougouni e Bacia Faleme: Pegmatite 
-Le Gourma: granadas e corindons 
-L'Adrar des Ilforas: pegmatite e minerais em metamorfose 
-Zona Hombori Douentza: quartzo e carbonatos 

-Minério de ferro e manganês: Recursos significativos mas ainda não explorados. Segundo estimativas o Mali tem mais de 2 milhões de toneladas de reservas potenciais de minério de ferro localizadas nas áreas de Djidian-Kenieba, Diamou e Bale. 
-Bauxita: as reservas são estimadas em 1,2 milhão de toneladas, localizadas em Kita, Kenieba e Bafing- Makana. Traços de manganês foram encontrados em Bafing-Makana, Tondibi e Tassiga. 
-Depósitos de rocha calcárea: 10 milhões de toneladas est. (Gangotery), 30 milhões est. (Astro) e Bah El Heri (Norte de Goundam) 2,2 milhões de toneladas est. 
-Cobre: potencailidades em Bafing Makan (Região Ocidental) e Ouatagouna (Região Norte) 
-Mármore: Selinkegny (Bafoulabe) 10,6 MT de reservas estimadas e traços em Madibaya 
-Gesso: Taoudenit (35 MT est.), Indice Kereit (Nord de Tessalit) 0,37 MT est. 
-Caulim: Potential de reservas estimadas (1MT) localizado em Gao (Região Norte) 
-Fosfato: Reserva localizada em Tamaguilelt, produção de 18 mil t/ano e um potencial estimado de 12 milhões de toneladas. Há quatro outros depósitos potenciais no Norte, de 10 milhões de toneladas. 
-Chumbo e zinco: Tessalit na Região Norte (1,7 MT de reservas estimadas) e traços em Bafing Makana (Região Ocidental) e Fafa (Norte) 
-Lítio: Indicações em Kayes (Região Ocidental) e potencial estimado de 4 milhões de toneladas em Bougouni (Região Sul) 
-Xisto betuminoso: Potencial estimado em 870 milhões de toneladas, indicações encontradas em Agamor e Almoustrat na Região Norte. 
-Linhita: Potential estimado em 1,3 milhão de toneladas, indicações encontradas em Bourem (Região Norte) 
-Sal gema: Potencial estimado de 53 milhões de toneladas em Taoudenni (Região Nore) 
-Diatomite: Potencial estimado de milhões de toneladas em Douna Behri (Região Norte) 

O potencial petrolífero do Mali já atrai interesses significativos de investidores

O potencial petrolífero do Mali tem sido documentado desde a década de 1970 quando pesquisa sísmica e perfurações esporádicas revelaram indicações prováveis de óleo. Com o crescente preço mundial dos recursos de petróleo, o Mali avançou a sua promoção e pesquisa para a exploração, produção e potencial exportação do petróleo. O Mali também poderia proporcionar uma rota de transporte estratégica para as exportações de petróleo e gás sub-saarianas para o Ocidente e há a possibilidade de conectar a bacia Taoudeni ao mercado europeu através da Argélia. 

Já começaram trabalhos de reinterpretação de dados geofísicos e geológicos efectuados anteriormente, centrando-se em cinco bacias sedimentares no Norte do país incluindo: Taoudeni, Tamesna, Ilumenden, Ditch Nara e Gao. 

Isso é o que há

Não importa o que seja dito nos media de referência: o objectivo desta nova guerra não é outro senão despojar mais um país dos seus recursos naturais, assegurando o acesso aos mesmos das corporações internacionais. O que está a ser feito agora no Mali através de bombas e balas está a ser feito à Irlanda, Grécia, Portugal e Espanha através da escravização pela dívida. O povo sofre e morre. O Guardian informou há dois dias [5] :

"O custo humano ainda não foi calculado, mas um comunicado lido na televisão do estado sábado passado diz que pelo menos 11 malianos foram mortos em Konna. 

"Sory Diakite, o presidente da municipalidade de Konna, afirma que entre os mortos havia crianças afogadas depois de se lançarem a um rio numa tentativa de escapara às bombas. 

"Outros foram mortos nos pátios das suas casas, ou fora delas. O povo tentava fugir à procura de refúgio. Alguns afogaram-se no rio. Pelo menos três crianças lançaram-se ao rio. Tentavam nadar para o outro lado. E tem havido danos significativos da infraestrutura", disse o presidente, que fugiu da cidade com a sua família e agora está em Bamako".Quem sabe qual será hoje o total de mortes? 

Deus ajude o povo de qualquer país com recursos naturais a serem explorados.

15/Janeiro/2013

Notas:
[1] [2] [3] http://rt.com/news/france-mali-french-troops-006/
[4] Toda a informação é extraída de Le Journee Miniere et Petrolieres du Mali (informação do governo) http://www.jmpmali.com/html/miningandpetroleum.html
[5] www.guardian.co.uk/world/2013/jan/13/mali-neighbours-troops-french-intervention

 

Última atualização em Sex, 18 de Janeiro de 2013 21:58
 
OBAMA DÁ SINAIS DE QUE HAVERÁ MAIS QUATRO ANOS DE MÁS RELAÇÕES COM A AMÉRICA LATINA

Mark Weisbrot
2013-01-02 10:43:00

Na sexta-feira passada, numa entrevista em Miami, o presidente Obama foi muito longe ao dirigir insultos gratuitos contra o presidente Hugo Chávez.

Fazendo-o, não só ofendeu a maioria dos venezuelanos, que votaram para reeleger o seu presidente em 7 de Outubro, como ofendeu inclusivamente muitos que não votaram nele. Chávez está a lutar pela vida, recuperando de uma complicada operação a um cancro. Na América Latina, como na maior parte do mundo, esta desnecessária difamação de Chávez por parte de Obama constitui uma violação não apenas do protocolo diplomático, mas também dos mais elementares padrões de cortesia.

Mas talvez seja ainda mais importante o facto de que estas inadequadas calúnias de Obama enviaram uma desagradável mensagem ao resto da região. Enquanto Obama pode safar-se com qualquer coisa que diga na maioria dos meios de comunicação, pode estar-se seguro de que os seus comentários foram registados pelos presidentes e ministérios de Relações Exteriores do Brasil, Argentina, Equador, Bolívia e outros. A mensagem foi clara: podemos esperar mais quatro anos com as mesmas políticas falidas - políticas de Guerra Fria - para a América Latina, as mesmas que o presidente George W. Bush defendeu e Obama prosseguiu no seu primeiro mandato.

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Un avance irreversible

Por Atilio A. Boron*

El PSUV obtuvo una victoria arrasadora en las elecciones venezolanas. La derecha esperaba que, ante la enfermedad del presidente Hugo Chávez, cundieran el desaliento y la resignación que harían morder el polvo de la derrota a los bolivarianos. Ocurrió exactamente lo contrario: el chavismo avanzó en los grandes bastiones de la reacción, que sólo pudo retener tres de los siete estados que antes controlaba. Triunfó en Zulia, emporio petrolero y el estado con mayor población y en Carabobo, núcleo industrial del país. Aparte se alzó con la victoria en Táchira, estado fronterizo con Colombia y ruta preferencial de paramilitares y narcos para sembrar el terror en Venezuela; y en la insular Nueva Esparta. Hay un par de casos que merecen un párrafo aparte: en Zulia el candidato de la derecha, Pablo Pérez, no pudo ser re-electo perdiendo casi 85.000 votos en el camino y bajando del 53 por ciento, obtenido en las elecciones del 2008, al 48 por ciento. Mientras, el candidato chavista subía del 45 al 52 por ciento, cosechando una clarísima victoria en un estado que había sido tradicionalmente hostil a los bolivarianos. Y en Miranda el ex candidato presidencial Henrique Capriles ni siquiera mantuvo su caudal electoral: había obtenido el 53 por ciento en el 2008 y logró el 52 por ciento días pasados, reduciendo el margen de su victoria y fracasando en su apuesta - y la de toda la derecha y el imperio- de transformar su protagonismo en la reciente pugna presidencial en un trampolín que lo instalase como el gran contendor del chavismo para las elecciones presidenciales que eventualmente pudieran tener lugar en el caso de que Chávez no asumiera la presidencia el próximo 10 de Enero.

Última atualização em Ter, 18 de Dezembro de 2012 13:50
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