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"Luiz Carlos Prestes entrou vivo
no Panteon da História.  
Os séculos cantarão a 'canção de gesta'
dos mil e quinhentos homens da
Coluna Prestes e sua marcha de quase
três anos através do Brasil.
Um Carlos Prestes nos é sagrado.
Ele pertence a toda a humanidade.
Quem o atinge, atinge-a."

(Romain Roland, 1936)


Notícias
AS FARC-EP LUTAM PELA PAZ, O GOVERNO SIMULA NEGOCIAR

por Miguel Urbano Rodrigues

O presidente Juan Manuel Santos, um oligarca neofascista, sentiu a necessidade de abrir o diálogo de paz com as FARC, opção que ao tomar posse qualificava de impensável. Mudou de atitude na convicção de que não há solução militar para o conflito e também alarmado com o êxito alcançado pela Marcha Patriótica e com a adesão de milhões de colombianos à campanha promovida pelo movimento «Colombianos por la Paz».

Trata de ganhar tempo. Juan Manuel Santos sabe que Washington se opõe a uma paz negociada com as FARC e são fortíssimas as pressões da oligarquia e das transnacionais para impedir que a mesa de diálogo de Havana atinja os objectivos do Acordo assinado. Sabotar a Agenda é agora a tarefa de Humberto Calle e do general Mora.

Do outro lado estão as heroicas FARC-EP, assumindo na mesa de diálogo o mesmo papel que na luta armada sempre definiram como seu: defender o povo e a democracia, defender uma Colômbia de progresso e de paz.

No próximo dia 15 principiam em Havana as negociações sobre o «Acordo geral para o fim do conflito e a construção de uma paz duradoura e estável» entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colombia – Exército do Povo e o governo da Colômbia.

As conversações prévias em Oslo para fixação definitiva da Agenda foram difíceis.

A delegação do governo, chefiada pelo ex vice-presidente da República Humberto de la Calle, tentou eliminar do debate questões fundamentais. Outro elemento, o general Jorge Mora, ex – comandante-chefe do Exército, pretendeu retirar da Agenda as questões militares.

Os 140 jornalistas colombianos que cobrem o acontecimento apresentaram – com poucas excepções – relatos distorcidos da Mesa de Diálogo. As cadeias televisivas Rádio Caracol e RCN ignoraram inclusive a intervenção do comandante Ivan Marquez.

No acto público de Oslo o chefe da delegação das FARC-EP pronunciou um importante discurso cujas principais passagens foram divulgadas pelos media noruegueses. Recordou que as FARC lutam por uma paz definitiva, inseparável de «uma profunda desmilitarização do Estado e por reformas radicais» e esclareceu que 70% da população colombiana vegeta na pobreza (mais de 30 milhões). Num país riquíssimo, o latifúndio improdutivo é responsável pela importação anual de mais de 10 milhões de toneladas de alimentos. A restituição das terras roubadas aos camponeses é portanto uma exigência prioritária da organização revolucionária.

Lembrou também que o orçamento militar da Colombia é proporcionalmente dos mais altos do mundo. As suas Forças Armadas - mais de 400 000 homens - recebem dos EUA 700 milhões de dólares por ano e armas que Washington somente fornece a Israel.

Outro tema crucial da agenda é o controlo que as transnacionais mantêm sobre a riqueza mineira do país. «A locomotiva mineira – são palavras de Ivan Marques – é como um demónio de destruição socio-ambiental que se não for detido pelo povo, em menos de uma década transformará a Colombia num país inviável».

UMA AGENDA AMBICIOSA

A agenda aprovada é um ambicioso documento com seis pontos:

1. Processo de desenvolvimento acelerado e uso da terra;
2. Participação política;
3. Fim do conflito armado;
4. Solução para o problema das drogas;
5.Vítimas;
6. Agenda para a implementação e referendo.

A maioria dos pontos desdobra-se em itens sobre diferentes temas a debater (ver o texto integral em http://www.odiario.info/?p=2601). Numa clara demonstração de apoio às negociações de Havana, foi divulgado em Bogotá um documento que expressa o profundo desejo de paz do povo colombiano. É assinado por milhares de artistas, intelectuais, professores, sindicalistas, líderes comunitários, etc.

A delegação das FARC além do comandante Ivan Marquez é constituída pelos comandantes Rodrigo Granda, Jesus Santrich, Marcos Calarcá e Andrés Paris e a guerrilheira holandesa Tanja Nijmeijer. A fim de desmontar as manobras do governo, não esperou pelo início das negociações para divulgar comunicados criticando declarações da delegação oficial que prejudicam a atmosfera do Processo de Paz. O general Jorge Mora, nomeadamente, tem insistido por uma desmobilização imediata das FARC. La Calle quer reduzir ao mínimo o debate sobre temas económicos.

O presidente Juan Manuel Santos, um oligarca neofascista, com um passado ligado ao paramilitarismo e ao narcotráfico, sentiu a necessidade de abrir o diálogo de paz com as FARC, opção que ao tomar posse qualificava de impensável. Mudou de atitude na convicção de que não há solução militar para o conflito e também alarmado com o êxito alcançado pela Marcha Patriótica e com a adesão de milhões de colombianos à campanha promovida pelo movimento «Colombianos por la Paz».

Trata de ganhar tempo. Juan Manuel Santos sabe que Washington se opõe a uma paz negociada com as FARC e são fortíssimas as pressões da oligarquia e das transnacionais para impedir que a mesa de diálogo de Havana atinja os objectivos do Acordo assinado.

Sabotar a Agenda, ponto por ponto, é agora a tarefa de Humberto Calle e do general Mora.
Outra, antagónica, é a atitude das FARC.

A vida proporcionou-me a oportunidade de conhecer alguns dos membros da delegação e uma amizade profunda liga-me ao comandante Rodrigo Granda. São veteranos comunistas e revolucionários empenhados em conquistar a Paz e lutar por uma Colombia democrática e independente.

O comandante Ivan Marquez enuncia numa evidência ao afirmar: «Mal-aventurados os que no governo ocultam por trás da bondade das palavras a impiedade para com os homens do povo, porque serão apontados com o dedo da vergonha nas páginas da História».

Vila Nova de Gaia, 2 de Novembro de 2012
:: ODiario.info :: http://www.odiario.info ::

Última atualização em Dom, 04 de Novembro de 2012 17:38
 
Depois do Afeganistão, o Pentágono muda-se para a América Latina

Cheryl Pellerin (Edição de Rick Rozoff*)

 

A estratégia imperialista para a América Latina avança com a escalada militar. Não apenas com o alargamento da rede de bases militares dos EUA, mas com o estreitamento da colaboração militar através, nomeadamente, do programa MODA e da inicativa DIRI. O programa MODA está em aplicação no Afeganistão. Agora o Departamento de Defesa está a expandi-lo no sentido do compromisso de outros países fora do Afeganistão, como o Peru e o Montenegro. No Hemisfério Ocidental, Chile, Brasil, Peru, Colômbia e Guatemala já participam da Iniciativa DIRI (Defense Industrial Reform Initiative [Iniciativa de Reforma Industrial da Defesa]).

 

Última atualização em Seg, 22 de Outubro de 2012 12:17
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La batalla de Ayacucho, ahora en el siglo veintiuno

por Atilio A. Boron,

La batalla de Ayacucho, librada el 9 de diciembre de 1824, selló el destino del imperio español en América del Sur. El Gran Mariscal de esa heroica batalla, Antonio José de Sucre, en su arenga final a los soldados pronunció las siguientes palabras: “de los esfuerzos de hoy depende la suerte de América del Sur; otro día de gloria va a coronar vuestra admirable constancia.” El próximo 7 de Octubre Nuestra América se encamina hacia una segunda batalla de Ayacucho. Las elecciones que se lleven a cabo en la República Bolivariana de Venezuela tienen, como el heroico combate librado en tierras peruanas, una extraordinaria resonancia continental. Un triunfo del presidente Hugo Chávez Frías fortalecería los aires de renovación política, económica y social que recorren América Latina y el Caribe desde finales del siglo pasado y que nos han permitido dar importantes pasos hacia nuestra segunda y definitiva independencia. Su derrota, en cambio, implicaría un fenomenal retroceso no sólo para Venezuela sino para los países del ALBA y, además, para toda Nuestra América.

Última atualização em Seg, 08 de Outubro de 2012 01:35
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A indignação popular e o coro do medo

por Miguel Urbano Rodrigues

A revolta torrencial das massas contra a política do Governo Passos-Portas, fenómeno social altamente positivo, colocou este na defensiva. Mas, recordando outra vez ensinamentos de Lénine, torna-se indispensável tomar consciência que é dever indeclinável de um partido revolucionário organizar as massas, assumir na luta o papel de vanguarda. Só a organização e a persistente continuidade farão com que acções como as grandes manifestações de protesto dos últimos dias possam configurar uma ameaça concreta ao sistema de poder vigente.

Última atualização em Qui, 27 de Setembro de 2012 13:08
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