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"Luiz Carlos Prestes entrou vivo
no Panteon da História.  
Os séculos cantarão a 'canção de gesta'
dos mil e quinhentos homens da
Coluna Prestes e sua marcha de quase
três anos através do Brasil.
Um Carlos Prestes nos é sagrado.
Ele pertence a toda a humanidade.
Quem o atinge, atinge-a."

(Romain Roland, 1936)


Notícias
Entrevista a Eliseos Vagenas Membro do Comité Central e responsável pelo Departamento de Relações Internacionais do Comité Central do KKE, ao jornal “Unsere Zeit”, do Partido Comunista Alemão

«Os partidos não se julgam pelas suas declarações, mas pela sua obra. Tsipras e o SYRIZA negociaram, não pelos interesses do povo, mas pelos dos grupos monopolistas, que queriam dinheiro para incrementar os seus lucros.»

Pergunta:
Por toda a Europa se fala dos desenvolvimentos políticos na Grécia. Todavia, a participação nas eleições de 20 de Setembro, alcançou apenas 57%.  ¿Porque ficaram em casa tantos votantes?

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Reflexão sobre as eleições

por Miguel Urbano Rodrigues

Os comentaristas de serviço dedicam-se a prever que governo sairá de um parlamento no qual a coligação vencedora obteve apenas uma maioria relativa, 104 deputados. O Presidente da Republica, que se comportou como um aliado do governo, vai agora incumbir Passos Coelho de formar governo. Mas que governo? Como escreveu o director executivo do semanário de direita Expresso, a vitória do PSD-CDS «só chega para um governo provisório».

A aliança PSD-CDS foi a força mais votada nas eleições legislativas, mas teve uma quebra de quase 750 mil votos em relação a 2011, perdendo a maioria absoluta.

A campanha da coligação reacionária intitulada «Portugal à Frente», apoiada ostensivamente pela maioria dos órgãos de comunicação social, excedeu em demagogia, hipocrisia e mentiras as anteriores de Passos & Portas. Chocante foi também a cobertura oferecida aos micro-partidos dos quais apenas o PAN elegeu um deputado.


 

As televisões, as rádios e os jornais ditos de referência subscreveram a tese oficial de que não havia alternativa para a austeridade. Não negaram que Portugal está mais endividado e empobrecido, que os objetivos da parceria PSD-CDS não foram atingidos, que o deficit em 2014 (com o rombo do adiamento da venda do Novo Banco) era afinal o mesmo de 2011, mas evitaram responsabilizar o governo. De modo geral, a situação catastrófica do Pais foi falsamente atribuída ao funcionamento de leis da economia e da finança que atingiram também outros povos.

Passos, Portas e os seus candidatos enalteceram com despudor a sua obra devastadora. Citaram tantas vezes a Irlanda e a Grécia que as citações massacraram os eleitores quase como um refrão.

Coincidiram nos insultos ao povo grego, mas abstiveram-se de reconhecer que a Irlanda reduziu com êxito as exigências de Bruxelas enquanto aqui o governo foi mais longe do que lhe era pedido no sinistro memorando.

Não ousaram confessar o óbvio, a determinação de prosseguir a política que arruinou o país. Abstiveram-se falar do seu programa de governo e da estratégia que anunciaram à União Europeia.

A ministra das Finanças, candidata por Setúbal, chamou a atenção pelo seu estilo melífluo. Ela, que não costuma sorrir, abriu-se desta vez em sorrisos. Terá estabelecido um recorde de mentiras com o discurso tecnocrático em que virou do avesso a realidade, negando fraudes de que foi cúmplice, falsificando números, e apresentando como grandes vitórias e sábias decisões os atos governativos que conduziram o Pais à ruína.

Passos falou como um cônsul romano em vésperas de ser aclamado pelo Senado. O seu triunfalismo arrogante apresenta já matizes patológicos.
Portas, hoje descredibilizado mesmo no seio da família coligada, passeou ombro a ombro com Passos, de Norte a Sul, com ou sem chapéu, distribuindo promessas e fugindo a vaias.

A CDU – cujo núcleo fulcral é o PCP - fez uma grande campanha. Os seus comícios e arruadas atraíram multidões. O entusiasmo que envolveu o candidato comunista de Norte a Sul do Pais foi transparente. Mas a eleição de 17 deputados - mais um do que na anterior legislatura - ficou aquém da expectativa.

O Bloco de Esquerda - mérito de Catarina Martins, inteligente e simpática - elegeu 19, um resultado que meses atrás era imprevisível. Partido sem ideologia definida, o BE beneficiou do voto de socialistas frustrados e de eleitores potenciais da CDU.

O QUE VAI ACONTECER

Os comentaristas de serviço dedicam-se agora a prever que governo sairá de um parlamento no qual a coligação vencedora obteve apenas uma maioria relativa, 104 deputados. Dos 9 439 651 eleitores inscritos votaram nela somente 2 071 376 (a abstenção foi levemente superior a 43%).

O Presidente da Republica, que se comportou como um aliado do governo, vai agora incumbir Passos Coelho de formar governo.

Mas que governo? Como escreveu o diretor executivo do semanário de direita Expresso, a vitória do PSD-CDS «só chega para um governo provisório».
O povo português pronunciou-se nas urnas contra a política da coligação reacionária. Os três partidos da oposição elegeram 121 deputados e a aliança PSD-CDS apenas 104 (falta apurar os 4 da emigração).

Existe portanto agora no Parlamento uma maioria que teria força suficiente para viabilizar uma mudança no rumo da sociedade portuguesa. No entanto, ela não ocorrerá porque o PS não a deseja e prefere negociar com o PSD-CDS.

Passos revelou temor do futuro. Apressou-se aliás a lançar um apelo à cooperação do PS, sublinhando que sem ela as suas «reformas» não serão possíveis.
No momento é imprevisível o que vai acontecer nas próximas semanas.

Mas o discurso de António Costa, ontem, foi ambíguo. Se respeitasse compromissos assumidos durante a campanha, o PS não deixaria passar no Parlamento um governo PSD-CDS.

Mas o próprio emprego contraditório que na sua fala fez do verbo «inviabilizar» não justifica a esperança de uma política de firmeza perante as forças lideradas por Passos & Portas.

LIÇÕES DAS ELEIÇÕES

Que ensinamentos extrair destas eleições?

Em primeiro lugar cabe perguntar por que não castigou o eleitorado severamente nas urnas os partidos responsáveis pela ruina do Pais? Como explicar que quatro décadas apos o 25 de Abril mais de dois milhões de portugueses tenham concedido uma maioria parlamentar relativa a uma aliança de direita que assume posições ideológicas aparentadas com o fascismo?

A resposta a essas perguntas conduz a uma conclusão dolorosa.

As novas gerações de portugueses têm muito pouco de comum com aquela que tornou possível Abril e soube depois defender com firmeza as suas grandes conquistas sociais.

Hoje o nível de consciência de classe e de consciência política da maioria dos portugueses é muito baixo. A sociedade mudou profundamente. A ideologia do capitalismo, sob o bombardeamento esmagador da classe dominante, sobretudo após a entrada de Portugal na União Europeia, fez estragos devastadores.
Não estamos perante um caso único. A História apresenta-nos situações similares. Na Rússia, por exemplo.

A grande geração da Revolução de Outubro, que a defendeu com heroísmo, e a seguinte, que resistiu vitoriosamente à agressão do Reich nazi e fez da União Soviética a segunda potência mundial, não tiveram continuidade. Os filhos e netos dos revolucionários de Outubro acompanharam passivamente a ofensiva contrarrevolucionaria de Gorbatchov e Ieltsin e do imperialismo que destruiu a URSS, reimplantando na Rússia o capitalismo.

Como comunista sou e continuarei a ser otimista.O sistema capitalista não é reformável por desumano e está condenado a desaparecer.

O resultado das eleições foi insatisfatório. Estavam reunidas condições objectivas para se infligir uma derrota esmagadora às forças que ocupam o poder. Faltavam porém as subjectivas.

Mas, como afirmou odiario.info na sua NOTA DOS EDITORES, é na força criadora das massas populares que o povo português encontrará a saída para o desfecho das eleições.

Última atualização em Sáb, 10 de Outubro de 2015 02:28
 
"A proposta do KKE é a única realista e a favor do povo"
Escrito por por Dimitris Koutsoumbas [*] entrevistado por Tassos Pappas   

P.: O senhor diz que quer com o dracma ou com o euro e com o Memorando, o povo sofrerá sob as presentes condições. Será possível que esta linha [de argumentação] desmobilize os cidadãos uma vez que a perspectiva que o senhor apresenta não parece ter relevância contemporânea?

R: O senhor está totalmente enganado. A proposta política do KKE é e permanece contemporânea. As outras propostas – aquelas do actual e dos antigos governos – apontam para uma "Terra do Nunca" quanto a uma saída da crise favorável ao povo. Trata-se de propostas que satisfazem apenas o grande capital e seus sectores. As propostas dos outros partidos referem-se ou a novos acordos do tipo Memorando ou simplesmente a uma mudança de divisa através do Grexit. As propostas adoptadas por diferentes razões pelo actual governo e outros partidos e aquelas defendidas pela Aurora Dourada e várias formações extra-parlamentares, são matematicamente calibradas para levar o povo à bancarrota total. A proposta do KKE, inversamente, é a única realista e autenticamente favorável ao povo, uma vez que ela liga o desligamento da Eurozona e da UE a um plano e programas abrangentes para a economia e a sociedade, incluindo a socialização dos meios de produção, a planificação central, a abolição da dívida, com o povo organizado e determinado, no quadro de um autêntico poder popular dos trabalhadores. O povo pode avançar nesta direcção activamente, utilizando a experiência do que o KKE dizia e continua a dizer, em linguagem clara.

Última atualização em Qui, 13 de Agosto de 2015 16:19
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Crime do Imperialismo no coração da Europa

Por estes dias o imperialismo “comemora” os 20 anos do massacre de Srebenica. Desencadeia tragédias como o do desmembramento da República Federal Socialista da Jugoslávia, no que mais do que guerra civil foi sobretudo uma agressão militar estrangeira em grande escala. E comemora os crimes que nelas são cometidos, pelos quais é o primeiro e o maior responsável. O desmembramento da República Federal Socialista da Jugoslávia foi um objectivo continuado do imperialismo desde 1990 até à sua “conclusão” em 2008. O que fora um país soberano e insubmisso, com recursos humanos e económicos e posicionamento invejáveis, que resistira heroicamente e se libertara da agressão nazi-fascista ao longo e até ao fim vitorioso da II Guerra Mundial, um exemplo sucedido de organização federal de um complexo xadrez sociocultural, foi destroçado em sete estados diferentes e naturalmente mais frágeis no plano internacional.

 

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